Silly Tales

Pinguins são bichos estranhos, mas extremamente carismáticos para serem protagonistas de histórias.

[O pinguim P-san está sozinho, dentro de sua nave com um estranho design de interior. Ele está muito chateado, sentado na poltrona. Está pensativo.]
P-san: Estou me sentindo muito incomodado. Não tem ninguém para conversar!
[O personagem olha para as coisas em volta. São só objetos inanimados.]
P-san: Me sinto o próprio náufrago! Como a autora pode fazer isso comigo…?
[Levanta-se devagar de sua poltrona, por efeitos de dramaticidade. Ele vai em direção da janela.]
P-san: Até mesmo a minha janela é falsa! Até parecia que venderiam sushi tão barato. Eu não acredito em você, stand gigante de propaganda que fica na rua! *fecha a cortina*
P-san: Mas que coisa. Eu não sou assim! Estou com a cabeça completamente fora do lugar…
[Anda pelo corredor, vira-se para um espelho.]
P-san: Não. A minha cabeça está normal… Mas que diacho! Estou de brincadeira, comigo mesmo. É só força de expressão… *vira para trás, pois sente que está sendo observado* Espere. De onde veio essa foca? Não me lembro dela.
[O pinguim vai até em direção da foca. O objeto está fazendo sons de foca, mas não se mexe. A atmosfera torna-se sinistra, mas isso é por causa da paranoia do pinguim.]
P-san: Muito bem, dona. Apresente-se, senhora foca! O que está fazendo, dentro da minha nave??
[O objeto não responde. Ele para de fazer barulho de foca.]
P-san: Essa é boa… Está me deixando a falar sozinho!
[Observa bem o objeto que está na sua frente, com mais atenção..]
P-san: Agora que percebi, você é apenas um objeto inanimado. Que cabeça a minha! Não acredito nisso. Sou realmente um bobalhão!
[Resolve sentar-se no chão, ao lado da foca, agora silenciosa.]
P-san: As coisas no mundo atualmente estão tão estranhas. O futuro parece incerto. Mas nada
melhor que um dia após o ouro, não é mesmo?
[A foca nada responde. O pinguim faz uma reflexão e uma pose filosófica.]
P-san: Acha que devo comprar uma peruca nova? Se concordar comigo, fique em silêncio completo.
[Silêncio, obviamente. O pinguim fica satisfeito.]
P-san: Que ótimo! Ainda bem que nós dois concordamos. Vou comprar uma de cor roxa. Combina com os meus olhos, você não concorda? E eu estou falando com uma foca, que é um objeto inanimado. Isso que é loucura! Eu estou no fundo do poço…
[O personagem entendia-se, após ficar falando bobagens ao lado da foca.]
P-san: É melhor eu ir embora. Nada pessoal, é claro! Foi um grande prazer, conhecê-la. Estou muito alegre de ter tido essa conversa muito gratificante.
[O pinguim deixa a foca sozinha. Ele anda pelo corredor, e volta para a sua poltrona, com o espírito mais tranquilo do que antes.]