Happy Green Things

É um dia como os outros, só que hoje tem o suspiro. O suspiro doce, é claro!

No estúdio Happy Green Things.
[A autora está sentada na sua cadeira, em frente a mesa e olhando para o teto. Seu olhar é desalentador. Está resmungando coisas incompreensíveis.]
Locutor-sama: Aconteceu alguma coisa, autora?
Moon: Tudo! Aconteceu tudo, e nada aconteceu ao mesmo tempo.
Locutor-sama: Caramba.
Moon: Já vi que você não está me levando a sério.
Locutor-sama: Lógico que estou te levando a sério, mas você deu uma resposta subjetiva demais, para eu poder te ajudar em alguma coisa.a
Moon: Ah! De fato, isso eu tenho que te dar a razão.
Locutor-sama: Muito obrigado autora, não é sempre que nós dois concordamos.
Moon: Mas o autor e o narrador tem que concordar, em algum momento. Caso contrário, não tem história!
Locutor-sama: Realmente! Fico contente que reconhece o valo do narrador.
Moon: Lógico! Mas como eu dizia… Quando??
Locutor-sama: Quando for o tempo certo.
Moon: AH!
Locutor-sama: É.
Moon: Como sabe, sobre o que eu estou falando?
Locutor-sama: Tenho uma ideia.
Moon: Narradores não leem mentes.
Locutor-sama: Talvez. Mas nós temos que saber improvisar.
Moon: Sei.
Locutor-sama: Agora é você que não está me levando a sério.
Moon: Lógico que eu estou.
Locutor-sama: Não está.
Moon: Como pode dizer isso pra mim?
Locutor-sama: Dizendo.
Moon: Locutor!!
Locutor-sama: Autora!!
Moon: Você só está querendo me importunar.
Locutor-sama: Talvez. Tenho que manter um mistério, está no meu contrato.
Moon: Que contrato, de que o senhor está se referindo??
Locutor-sama: Do meu contrato pessoal.
Moon: Do seu contrato pessoal? Do que está falando…
Locutor-sama: Nada. Eu só estou querendo te importunar.
Moon: Ah! Então você admite, o seu crime.
Locutor-sama: Chamar de crime é exagero.
Moon: Mas palavra de autor é lei.
Locutor-sama: Não acho. Leis podem facilmente ser burladas, autores não sabem o que fazem.
Moon: Agora você está sendo um tanto duro, não concorda?
Locutor-sama: Posso estar, mas mesmo aqueles escritores minuciosos que seguem o roteiro, não podem prever tudo.
Moon: Não podem prever o quê?
Locutor-sama: É muito simples.
Moon: Se é tão simples, então diga.
Locutor-sama: A reação do público.
Moon: É. Você tem razão. Isso eu tenho que concordar..
Locutor-sama: Lógico. Eu entendo um pouco sobre isso.
Moon: Nossa! O meu narrador, sendo humilde. Estou em choque.
Locutor-sama: É uma questão séria, senhorita Moon. Devemos ser humildes. E sempre estarmos abertos a aprender cada vez mais. Uma pessoa não faz tudo. Um único ser humano não cria uma sociedade do nada.
Moon: Nem com o poder da imaginação?
Locutor-sama: Não basta ter imaginação. Você aprendeu algo com uma pessoa, nada surgiu do nada.
Moon: Muito interessante. Mas estou com fome.
Locutor-sama: Que maneira de terminar uma história…
Moon: Pode falar o que quiser, vou usar minha fome para escrever mais história.
Locutor-sama: Está bem, então. Vamos sair no lucro, nós, os personagens.