Happy Green Things

Existem muitas estranhezas para se ver nesse mundo, e são fáceis de encontrar. Basta olhar pela janela!

Locutor-sama: É um dia de paz em Happy Green Things, o estúdio de criação da nossa digníssima autora. E quando digo paz, me refiro ao fato que não há nenhuma ideia desajuizada querendo destruir os móveis. Ou nossas cabeças. E estou aqui com a chefe das ideias, Lalali, e o outro contra-regra, o Simpático Hércules.
Lalali: Que horror, Locutor-sama. As ideias podem ter comportamentos um tanto… primitivos, mas mesmo assim nunca quiseram destruir nossas cabeças.
Hércules: Imagino que o narrador quis dizer que, as ideias acabam nos exaustando mentalmente. As ideias da Moon.
Lalali: Mesmo assim! Eu acho uma escolha um tanto, digamos exagerada de palavras. “Destruir nossas cabeças!”
Hércules: É verdade que pode soar exagerado, mas as ideias da autora são bastante poderosas. Um dia desses derrubou a coluna de embalagens de maionese.
Lalali: Aquela instalação artística do Random?
Hércules: Essa mesma.
Lalali: Que maldade! Instalações artísticas devem ser respeitas.
Locutor-sama: Pessoal? Nós temos que seguir o roteiro. Quero dizer, o título.
Lalali: Quer dizer que o título tem algo a ver, dessa vez, com a história?
Hércules: *cruza os braços* Confesso que estou impressionado.
Locutor-sama: Sim, é de fato realmente impressionante. De qualquer modo! *puxa as cortinas da janela* A janela dos estúdios de Happy Green Things!
Hércules: Essa não é a única janela…
[Acontece um efeito hiper realista de raios e trovões]
Lalali: Nossa! Que baita chuva…
Hércules: Pessoal, aquela ali na chuva é a Cola-sama?
Locutor-sama: Sim! E ela está varrendo.
Lalali: Parece que ela perdeu o juízo…
Locutor-sama: Ou nós estamos vendo a pessoa errada. Pode ser apenas um efeito de pareidolia.
Lalali: Será mesmo?
Hércules: De todas as coisas que já vi, a última que pensei que veria era uma pessoa varrendo, no meio da chuva.
Lalali: Ainda assim, sinto que vi coisas mais estranhas.
Locutor-sama: Fico imaginando o que seria mais estranho, do que ver uma pessoa varrendo, no meio da chuva!
Lalali: Acredite, você não vai querer saber.
[A autora aparece, saindo de um dos corredores, segurando uma prancheta na mão]
Hércules: Autora Moon! Nós estamos vendo uma coisa bem estranha.
Moon: É mesmo? *olha com uma expressão séria*
Locutor-sama: *pensando* Ela não está no melhor dos humores…
Hércules: A Cola-sama está lá fora, varrendo no meio da chuva.
Moon: Ah sim, fui eu que mandei ela fazer isso.
Lalali: Autora! Isso é maldade. Mesmo sendo alguém como a Cola-sama.
Moon: Ela estava enchendo a minha paciência. E isso interrompe os meus pensamentos, e planejamentos!
[Locutor-sama, Lalali e Hércules estão claramente assustados.]
Moon: Em minha defesa, eu disse isso para ela “vá varrer no meio da chuva”, mas não imaginava que ela fosse realmente fazer isso. Vocês nunca ouviram falar dessa expressão?
Lalali: Nunca ouvi falar.
Hércules: Lalali! Que coragem, nós devíamos apenas concordar com a autora.
Lalali: Mas eu realmente nunca ouvi falar.
Locutor-sama: Está tudo bem, pessoal. Tenho certeza que podemos conversar com a autora de forma racional.
Moon: Sim! Vocês podem conversar, fiquem tranquilos. E como você é ótimo nessas coisas de conversar narrador. Vá lá fora.
[Barulho de trovão]
Locutor-sama: Lá… fora?
Moon: A não ser que você tenha outro meio, de chamar a Cola-sama para entrar.
Locutor-sama: Já sei! Vamos usar um sinalizador, que encontrei guardado em um baú, perdido do sótão.
Hércules: Ótima ideia!
[Locutor e Hércules vão até o sótão.]
Lalali: Aviso para eles, que você já entrou?
Cola-sama: *atrás da cortina* Claro que não.
Moon: Que maldade…