Silly Tales

Tem vezes que o destino guarda para nós surpresas no bolso.

Há um advogado em seu carro, indo para o local de seu trabalho. Mas ele não esperava o que iria acontecer. O carro, que era novo, só tinha dado sorte para ele até agora. E quando digo sorte, digo no sentido de coisas incomuns para acontecer na sua rotina.
P-san: Meu caríssimo senhor… A questão é a seguinte. A sorte não é boa nem má. Ela é apenas sorte. É a consequência das circunstâncias diárias!
Advogado: Isso não muda nada! O meu carro foi atingido por um DISCO VOADOR e foi transportado. Para o meio do nada! Nada! NADA!
P-san: Senhor. Isso aqui não é o meio do nada. Não é só porque você está em um lugar que não conhece, que é meio do nada!
Advogado: Escute aqui, ô pinguim! Nós estamos em um lugar sem nenhum tipo de ponto de localização. Não tem uma cidade. Uma casa. Qualquer coisa assim. Nem tem uma placa!
P-san: Mas o senhor só começou a surtar, quando viu que seu celular não tinha sinal.
Advogado: É lógico! Eu tenho funções a cumprir em meu escritório de advocacia. Eu não posso ficar desligado do mundo. Tenho clientes!
P-san: Certo. Eu já sei que o senhor é um homem importante.
Advogado: Ainda bem que esse ponto ficou esclarecido.
P-san: Sim! Eu respeito muito advogados, e qualquer pessoa com uma profissão importante e também com estilo de vida interessante. Mas eu comecei a pedir desculpas pelo acidente, e o senhor nem me ouviu…
Advogado: Sinto muito. Estava um tanto fora de si. Mas podia me explicar então, já que o acidente pareceu um negócio inevitável…
P-san: Sim?
Advogado: Gostaria de pedir uma carona, para ir até meu local de trabalho.
P-san: Mas é claro! Era isso que eu queria dizer ao senhor. Vejamos. Traga o carro, sim?
Advogado: O Carro. Ele. Quebrou. Não está sugerindo que eu o empurre? Ele está em um estado perigoso!
P-san: Certo, ele realmente está em um estado que—
Advogado: De qualquer modo, um carro não precisa de carona. Eu é que preciso.
P-san: Tudo bem. Só estava falando para levar o carro, porque ele não pode ficar aqui.
Advogado: Ninguém vai se importar!
P-san: O senhor não entende. Nós fomos transportados para uma… Esquece. Vá entrando dentro do meu disco voador. É o mínimo que posso fazer pelo senhor. Só não mexa em nada! OUVIU?
Advogado: Certo! Certo. Vejamos…
[O homem entra no disco voador de P-san. O pinguim usa um controle remoto e transporta o carro para uma das salas fechadas do seu veículo intergalático.]
Advogado: Caramba! Nada daqui é o que eu esperava.
P-san: *entrando e fecha a porta* O senhor esperava um lugar mais futurístico?
Advogado: No mínimo, sim! Ou qualquer coisa que me lembrasse o lugar onde os pinguins vivem.
P-san: Eu sou de outro planeta, senhor. E… Gosto de conforto. Por favor, sente-se no sofá.
[O pinguim aponta o sofá, enquanto o homem aceita sentar-se. Então P-san senta em sua poltrona azul, e começa a mexer em um celular.]
P-san: Muito bem! Me dê a sua localização. Não precisa dizer. Apenas pense no lugar, enquanto o escaneio com…
Advogado: Vou ser escaneado??
P-san: Acalme-se. É só um celular. Não vou guardar nenhuma informação de sua aparência física, ou qualquer dado seu. Após eu deixar o senhor em seu trabalho, irei até apagar a localização. Agora vamos, o senhor vai chegar atrasado. E isto aqui não é uma máquina do tempo.
Advogado: Está bem, está bem.
[O celular analisa o pensamento do advogado, que é preciso com o local do seu trabalho. P-san seleciona um aplicativo, e eles são transportadas para um lugar, na Cidade dos Cinco Monumentos.]
Advogado: Nós chegamos…!
[O advogado aparece em seu carro. Nenhuma memória do acontecimento fica registrada em sua mente.]
Advogado: Ué…? Caramba! Estou doze minutos atrasado!
[Ele saiu do carro. P-san está atrás de uma árvore.]
P-san: Um advogado… Um emprego respeitável, mas pode ser um tanto rotineiro.