Happy Green Things

Pensei que havia dito nas coisas que não tinha dito, mas pelo visto não deu muito certo.

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Eu não sei, Locutor-sama. Como é que se lida com coisas difíceis?
Locutor-sama: Não sei. Você está cada vez mais filosófica nessas histórias, autora. Acho que é uma pergunta difícil de se responder…
Moon: Talvez seja realmente. Mas então eu reflito sozinha. Que não importa o que seja, lidar com as coisas diariamente dão coragem. As difíceis principalmente!
Locutor-sama: Já falou tudo, minha cara senhorita Moon. Não tenho nada para acrescentar nessa conversa.
Moon: Você está sendo preguiçoso! Eu criei o seu personagem para ser profundo. Adicione algo cheio de sagacidade nessa conversa.
Locutor-sama: Estou sem inspiração hoje, para ser honesto.
Moon: Ah! Que pena.
Locutor-sama: Nem tanto. Estive observando o vento, mexendo nas árvores e já achei isso bom o suficiente. Apreciar as pequenas coisas da vida…
Moon: No meio das dificuldades?
Locutor-sama: Sim.
Moon: Está vendo! Você está sendo profundo. Nem precisa pensar muito. É o seu talento natural.
Locutor-sama: Estou desconfiado desse excesso de elogios. Está querendo alguma coisa?
Moon: Eu? Lógico que não! Eu sou uma pessoa honesta. Isso quer dizer que meus elogios tem apenas… honestidade. Hoje está difícil para as palavras serem ditas, narrador!
Locutor-sama: As palavras estão sendo ditas, quer você queira aceitá-las ou não. Acho que é melhor não pensar muito, autora. Ou perderá o fio da meada… O que quer que isso signifique.
Moon: Há há há!
Locutor-sama: *olha para a autora, um tanto confuso*
Moon: “Perder o fio da meada” significado: esquecer o que estava dizendo!
Locutor-sama: Ah. Agora que você explicou, eu entendi. Que coisa interessante.
Moon: Muito interessante!
Locutor-sama: Coisa interessantíssima.
Moon: Que nem um pinguim de geladeira?
Locutor-sama: Queria entender, como a conversa tomou esse rumo.
Moon: Também gostaria. Mas só me veio na cabeça…
Locutor-sama: Eu não acredito que começou a pensar em pinguim de geladeira, repentinamente.
Moon: Também não acredito. E coincidências não existem!
Locutor-sama: Não sei do que você está falando. Será que poderia ter a gentileza de me encaixar, na sua linha de raciocínio, se for possível?
Moon: Bem… Se enredos de histórias tem um começo, meio e fim, a vida também tem. As coincidências só são o plano de alguém, por trás!
Locutor-sama: Ah. Mas e o livre arbítrio? Personagens não tem?
Moon: Suponho que tenham. É complexo demais para pensar em um assunto desses, sabe. Principalmente como eu queria realizar meu sonho…
Locutor-sama: Não sei se devo perguntar, mas seu sonho é ter um pinguim de geladeira?
Moon: Sim! É uma coisa muito bacana. E tem que ter uma gravata borboleta.
Locutor-sama: Provavelmente vai pedir uma cabine policial azul.
Moon: Não! É claro que não.
Locutor-sama: Ah.
Moon: Temos que honrar a memória dos pinguins!
Locutor-sama: Mas pinguins existem.
Moon: Oh.
Locutor-sama: É.
Moon: Caramba.
Locutor-sama: Acho que viajou longe demais nos seus pensamentos, senhorita Moon.
Moon: Sim. Eu perdi o trem dos pensamentos!

— Com sono. E questionando o rumo que essa história tomou… Um interessante emaranhado de palavras, se é que faço sentido ultimamente.