Happy Green Things

Mantenha o foco! Mas isso não quer dizer que você deve manter comprar um aquário gigante e colocar o marido da foca!

Locutor-sama: É mais um dia no escritório da senhorita Moon no estúdio Happy Green Things. O que será que há na mente da autora, que olha para um copo alto que está escrito Argentina nesse momento?
Moon: *segurando e analisando o copo* Não se fazem mais sucos de uva como antigamente, meu caro narrador. Eu não quero viver mais nesse planeta!
Locutor-sama: E eu esperando algo mais sério. Como sou um homem tolo!
Moon: Os sucos de uva tem gosto de química, e mancham o copo. Explique isso!
Locutor-sama: Químico?
Moon: Eu não queria que você explicasse, sabe.
Locutor-sama: Não queria? Eu sinto muito. Existem momentos em que seu narrador simplesmente não a entende.
Moon: Não refira a si mesmo na terceira pessoa.
Locutor-sama: Tem razão, não é dramático o suficiente. Mas soa mais irônico, não concorda?
Moon: Você está me ironizando? *levanta da cadeira subitamente*
Locutor-sama: Um narrador como eu tem o direito de ficar entediado.
Moon: Ah, é mesmo…? Você está é querendo divertir-se às minhas custas! *aponta para o narrador*
Locutor-sama: Com todo o respeito, mas a senhorita não tem um tostão no bolso.
Moon: Não use “com todo o respeito” para escapar de parecer mal educado.
Locutor-sama: Então eu não posso tentar ser engraçado…?
Moon: Não. *senta novamente na cadeira*
Locutor-sama: Ser dramático todo o momento requer muita energia e criatividade, senhorita Moon. Eu gostaria que você entendesse, existem momentos que preciso ser engraçado.
Moon: Para quê? Impressionar garotas?
Locutor-sama: É essa imagem que eu passo para você…? Do tipo que perde horas da vida tentando impressionar mulheres?
Moon: Então… Para quê você quer ser engraçado?
Locutor-sama: Para fazer os outros rirem gratuitamente.
Moon: Você deveria cobrar por isso. É mais lucrativo!
Locutor-sama: Autora, não seja como a Tuta-sama…
Moon: Hmm? Eu estou me transformando em um guaxinim, por acaso?
Locutor-sama: Não foi isso que eu quis dizer.
Moon: Oh. Não?
Locutor-sama: Não.
Moon: Entendo. *volta a observar o copo*
Locutor-sama: O que há de tão interessante nesse copo?
Moon: Ele é alto.
Locutor-sama: É?
Moon: É.
Locutor-sama: Deve ser difícil secá-lo por dentro com um pano de prato.
Moon: Bastante.
Locutor-sama: E como você faz?
Moon: Eu peço para a fada mágica secar o copo para mim.
Locutor-sama: Não acredito nisso.
Moon: Não diga uma coisa dessas! Isso faz fadas desaparecerem.
Locutor-sama: Sinto muito.
Moon: Se bem que a Tuta iria gostar se a Matilde desaparecesse.
Locutor-sama: A Tuta-sama não é insensível assim.
Moon: Sim, ela é. E a Matilde também não iria me fazer falta.
Locutor-sama: Ela é mãe de duas crianças.
Moon: E…?
Locutor-sama: Tenha piedade.
Moon: Tem razão, terei piedade. Mas! Isso não quer dizer que essa autora aqui vai perdoar as indústrias por terem estragado o suco de uva!
Locutor-sama: As indústrias não se importam com a sua opinião.
Moon: Tem razão! Elas só se importam com os lucros.
Locutor-sama: E então a autora ficou em silêncio, pelo resto desse dia. O que é uma tremenda mentira, porque nunca que na vida real seria entretenimento o suficiente para ela, analisar um copo!