Green House Stories, Silly Tales

Os abacaxis são personagens antigos, que não aparecem muito. Mas eles são abacaxis! Espera, eu já disse isso.

Na sala dos computadores da Casa Verde.
Malvino: Estou viciado nessa droga de jogo!
Boon: Qual jogo?
Malvino: Nesse jogo que a gente tem que ficar clicando em quadradinho infinitamente. Pensando bem, qual é a graça nisso?
Boon: Não me parece um jogo muito engraçado, de fato.
Malvino: Não é um jogo engraçado! Não é divertido!
Boon: Ora, você só está nervoso. Se o jogo fosse tão ruim assim, não estaria jogando!
Malvino: Você está mesmo entendendo a gravidade da situação?
Boon: Pela sua cara, devo estar deixando a entender que não.
Malvino: Exato!
Boon: O jogo está dominando sua mente ou algo assim?
Malvino: Não apenas dominando, como me controlando.
Boon: Pensei que controlando entrava no mesmo contexto da palavra dominando.
Malvino: Não! Elas são diferentes.
Boon: Diferentes como?
Malvino: Uma coisa é dominar sua mente, outra é controlá-la.
Zaltana: Minha nossa! Temos especialistas em mentes nessa sala. Cadê o professor Xavier? Vocês seriam mutantes excelentes!
Malvino: Boon, ela está nos ironizando.
Boon: Ficou em silêncio esse tempo todo. Aposto que ela ficou nos analizando apenas para falar algo assim! Frio.
Zaltana: Eu sou tão fria quanto a Emma Frost.
Boon: Mas a Emma Frost não tem poderes de gelo!
Malvino: A Emma tem poderes psíquicos. Eles não fazem efeito no gelo!
Zaltana: Nossa. Tenho a presença de dois grandes nerds aqui!
Boon: Ela está nos ironizando ainda!
Malvino: Está mesmo fazendo isso?
Zaltana: Malvino, se quer largar da porcaria do jogo você tem que ter coragem. Quer mesmo ser viciado em um jogo estúpido como esse?
Malvino: Jogo estúpido! Zaltana, francamente. Você joga um troço super estranho, que uma mulher fica te seguindo e falando para ir de um lugar ao outro. Procurando pistas sobre a sua avó!
Boon: Nossa. Ela deve ser a sua avó!
Zaltana: A avó naquele jogo morreu.
Malvino: Nada impede de ser um fantasma.
Zaltana: Um fantasma! Essa é boa. Nunca ouvi tamanha pataquada na minha vida.
Malvino: Nunca viu algo de estranho naquele jogo?
Zaltana: Talvez eu tenha visto. Mas o que isso interessa? Estamos falando do seu vício de jogo, não do meu.
Boon: Então acho melhor vocês dois respeitarem os vícios um do outro.
Malvino: Caramba, Boon. Nós estamos querendo discutir, aqui.
Zaltana: Isso mesmo! Vê se fica quieto, aí no seu canto.
Malvino: Isso mesmo!
Boon: Ma-mas eu só estava querendo ajudar.
Malvino: Você não está ajudando!
Boon: Tá. Tá bom. (Boon sai da sala)
Zaltana: Nós somos pessoas insensíveis.
Boon: Nós não somos pessoas, Zaltana. Somos abacaxis!
Zaltana: Agora que você falou, fico muito mais tranquila. (sendo sarcástica)
Random: Isso não é desculpa! Vão lá para se desculpar com o pobrezinho.
Malvino: Quando um boneco de palito serve como consciência, a coisa tá feia.
Zaltana: Nisso eu concordo! Vamos nos desculpar com ele.
Random: E um final feliz nessa história linda sobre amizade!
Locutor-sama: Que narrativa otimista.