Green House Stories

Na Casa Verde, você pode se perder no meio do corredor. Ou apenas se perguntar porque tem alguém te seguindo, narrando todos os seus passos. Dramaticamente.

Locutor-sama: Tuta-sama havia acabado de terminar de resolver, com a senhorita Rosalina sobre algumas reformas que iriam ser feitas na Casa Verde. E então, pode sair da sala para ir embora.
Tuta-sama: Me seguindo até aqui, hein? Olha que daqui a pouco irão pensar que você está interessado em mim, Locutor-sama.
Locutor-sama: A questão não é bem essa, Tuta-sama. O caso é que a senhorita Moon insiste, que normalmente eu narre as histórias nas quais está protagonizando.
Tuta-sama: Quanto palavreado! Tá legal. A dona Moon gosta de perturbar mesmo a minha vida. Você não tem culpa disso.
Locutor-sama: Fico contente que pense dessa maneira, Tuta-sama.
Tuta-sama: Quero você me seguindo com um metro de distância.
Locutor-sama: Um metro de distância, Tuta-sama? Isso é um tanto longe, não acha que está exagerando?
Tuta-sama: Quem paga o seu salário de narrador sou eu, Locutor-sama. Já esqueceu disso, e que posso tomar o seu microfone?
Locutor-sama: Por favor, não tire meu microfone de mim.
Tuta-sama: Não diga isso como se eu fosse manchar a sua dignidade.
Locutor-sama: É claro que iria, Tuta-sama! Acredite em mim. Afinal de contas, o que é um narrador sem o seu microfone?
Tuta-sama: Tenho certeza que não conheço outros narradores que precisam de microfone para falar.
Locutor-sama: Pode ser, mas eu sou um narrador diferente. É como se o microfone fosse minha marca. Sem ela, quem sou eu? Apenas um qualquer.
Tuta-sama: Sem o seu microfone? Não exagere, Locutor! Não está sendo dramático. Apenas fresco! Para que tudo isso, homem? Se é realmente um narrador, não tem que ficar se preocupando tanto com imagem. E que história é essa, de estar usando roupa formal e que ainda por cima é quente para caramba?
Locutor-sama: Garanto a você, não estou vestindo isso por diversão.
Tuta-sama: Vai dizer que é tudo coisa da dona Moon, não é verdade? Tanto faz. Vamos embora logo.
[Um coelho e um leão passaram pelo Locutor e pela Tuta-sama.]
Tuta-sama: Mas o que é isso? São personagens.
Locutor-sama: Na verdade, não. Ramsés! Colombo!
[o gato e o cão pararam, e olharam para os dois]
Ramsés: *fantasiado de coelho*
Colombo: *fantasiado de leão*
Tuta-sama: Não vou me intrometer nas diversões dos outros, mas de qualquer forma… O que estão fazendo fantasiados?
Ramsés: Bom, eu queria convencer a Hello para voltar na Casa Verde. E o Colombo acabou se fantasiado… Eu não sei.
Tuta-sama: Faz mais sentido um gato se fantasiar de leão, do que um cão. Não concordam?
Locutor-sama: Acho que não faz sentido, animais estarem fantasiados de outros animais. Só é apenas a opinião de um mero narrador, não importa muito.
Tuta-sama: Tem razão, Locutor. Exceto pelo fato que você não é apenas um narrador… também é um cara muito chato.
Locutor-sama: É difícil ser agradável e dramático ao mesmo tempo.
Tuta-sama: Imagino que seja.