Em algum lugar da cidade dos cinco monumentos.
Locutor-sama: Sabrina e sua amiga, a senhorita Clarissa estavam passeando. Nada parecia fora do comum, e ninguém imaginava que algo fosse acontecer nesse passeio. Quem pode desconfiar, se está um dia tão bonito? Ninguém!
Clarissa: Puxa vida, ele está bem dramático hoje.
Sabrina: De fato. Sabe Locutor, não querendo ser chata. Esse negócio de você ter que seguir alguém para narrar a história é um tanto inconveniente.
Locutor-sama: Peço desculpas, Sabrina. Mas eu sou o narrador das histórias da senhorita Moon. Devo cumprir a minha função! Tenho que narrar, mesmo que seja o último dia da minha vida.
Sabrina: Essa foi um tanto dramática demais.
Clarissa: É verdade. Você deveria relaxar um pouco.
Locutor-sama: Terei tempo o suficiente para isso quando for dormir.
Sabrina: Está bem, você quem sabe. Qual roteiro a Moon reservou para nós duas?
Locutor-sama: O título é “O camelo maquiado”.
Sabrina: Camelo maquiado?
Clarissa: Não estou vendo nada.
Locutor-sama: Talvez vocês devessem olhar para aquele lado.
[As duas olham para o lado que o Locutor-sama apontou.]
Clarissa: Minha nossa!
Sabrina: Não me parece uma proposta de roteiro muito interessante.
Locutor-sama: De fato. Mas a autora pensou que fosse uma boa ideia. E não sou eu quem iria discordar com ela.
Clarissa: Bom, o que tem de especial no camelo para ser tema de uma história? Não entendi bem.
Moon: Francamente, isso é óbvio! O camelo é maquiado, gente. Você não vê uma coisa dessas todos os dias.
Sabrina: Já tem uma abacaxi maquiada nas suas histórias. O que tem de tão surpreendente ver maquiagem em um camelo?
Locutor-sama: Tenho que concordar com a Sabrina, autora.
Moon: Você pode até estar com a razão, Sabrina. Mas em uma história de minha autoria, nunca se sabe o que pode acontecer!
Sabrina: Eu não vejo o que pode acontecer em uma história como essa…
Clarissa: Bem, conhecendo a lógica da autora, algo com lasers?
Moon: Não, não. Lasers saíram de moda.
Locutor-sama: De fato. Hologramas estão com tudo.
Moon: Não irei colocar hologramas para satisfazer o seu ego, Locutor-sama.
Locutor-sama: O que isso tem a ver com o meu ego?
Moon: Nada. Eu só queria dizer isso, pois achei engraçado.
Clarissa: Bem, nós vamos ficar aqui, olhando para o camelo? Não estou vendo muita graça nisso. Até tentei entender, desculpe autora.
Moon: Ah, tudo bem. Espera! Leia isso, antes que eu termine a história. [entrega um papel para o Locutor-sama]
Locutor-sama: O que ninguém sabia é que o camelo estava espionando a humanidade, para trazer os seus companheiros de outro planeta. Eles irão dominar este planeta quando nós menos esperarmos!
Clarissa: Isso deu medo.
Sabrina: Talvez tenha sido por causa do tom dramático do Locutor-sama. E achei um final um tanto apelativo.
Moon: O que importa é que gostei. E achei dramático! Bom trabalho, Locutor-sama. Não teria conseguido sem a sua voz dramática.
Locutor-sama: Ainda bem, autora. Obrigado pelo elogio.