Locutor-sama: Como narrador, eu já vi coisas muito esquisitas na minha vida. Por exemplo, botas mal humoradas. Até hoje não entendi o motivo de tanta raiva. Mas essa história não é sobre botas ou mal humor. O tema é “O negócio das piñatas”. Invenção do meu criativo, amigo boneco de palito, Random!
Random: “Piñata business”, my friend. Falar em inglês é muito mais elegante, não concorda?
Locutor-sama: Talvez. O que planeja fazer com o seu negócio?
Random: Abri por diversão!
Locutor-sama: Isso eu sei, mas todo negócio tem que ter um objetivo a se cumprir, não concorda? Se não, seria apenas uma grande perda de tempo… e de dinheiro!
Random: Caramba! Você está parecendo a Tuta-sama. Será que é porquê você está usando uma máscara igual a um guaxinim?
Locutor-sama: Eu não estou usando máscara nenhuma, Random.
Random: Isso é o que eles querem que você pense!
Locutor-sama: Quem são eles?
Random: Não sei. Muitas pessoas tem a mania de se referir á “eles”. Eu sempre quis fazer igual.
Locutor-sama: Mesmo sem saber quem são eles?
Random: Não comece a me confundir, Locutor. Sei lá, quem são eles! E isso não importa. O que importa é o meu negócio!
Locutor-sama: Certo… E o que você faz com ele, exatamente?
Random: Eu deixo as pessoas usarem essa espada para bater na piñata. Elas podem pegar quantos doces deixarem cair.
Locutor-sama: Eu ouvi direito?
Random: O quê?
Locutor-sama: Uma espada. Normalmente não se usa um bastão? Você vai cortar a piñata, com uma espada.
Random: A espada é de brinquedo! E eu não encontrei nenhum bastão. Mas tem esse graveto aqui, se alguém quiser.
Locutor-sama: O objetivo do seu negócio é fazer os seus clientes cometerem uma violência contra uma piñata, e depois eles podem se empaturrar de doces?
Random: Não me olhe com esse olhar de julgamento!
Locutor-sama: Random, eu não sei se isso é uma boa ideia.
Random: Como assim, não é uma boa ideia? Os doces são muito gostosos. Eu experimentei alguns, antes de colocar na piñata.
Locutor-sama: Tem doce de caramelo?
Random: Caramelo?
Locutor-sama: Caramelo.
Random: Acho que não. Que eu me lembre, pelo menos.
Locutor-sama: Então o seu negócio está destinado a falar.
Random: Ma-mas não é possível. Todo mundo gosta de doces!
Locutor-sama: Nem todo mundo. Tem gente que gosta de paçoquinha…
Random: Paçoquinha não é doce??
Locutor-sama: [tira um gravador do bolso e liga]
[voz da Hello gravada em um gravador] Paçoquinha é paçoquinha!
Locutor-sama: Pelo menos, é o que diz a senhorita Hello.
Random: Você sempre anda com um gravador no bolso?
Locutor-sama: Quase sempre.
Random: Eu… vou desistir do meu negócio.
Locutor-sama: Nessa época do ano, se tem duas opções. Abrir uma barraquinha de festa junina…
Random: Ou?
Locutor-sama: Vender camisetas estampadas de coruja.
Random: Você diz umas coisas estranhas, Locutor-sama…