Silly Tales

Meias são objetos de valor. Tudo depende do seu ponto de vista!

Rika estava em uma mansão que não conhecia. Haviam gatos de tamanho humano, que se vestiam de policiais. Os gatos policiais olhavam para a Rika como se ela fosse uma criminosa. O que tinha acontecido?
Rika: Por favor, onde eu estou?
Ga. To.: Não se faça de desentendida! Você sabe muito bem o que aconteceu.
Rika: Não, eu não sei. Se eu soubesse, para quê estaria perguntando?
Ga. To.: Espertinha, hein? Você me respeite! Sou o chefe dos policiais.
Rika: Está certo… Mas o que foi que eu fiz, afinal?
Ga. To.: Eu, policial Ga. To. vou explicar. Mas só uma vez, então preste bem atenção!
Rika: Fale que eu escuto! Juro.
Ga. To.: O Museu das coisas importantes, que é aqui onde nós estamos, foi invadido. E um dos artefatos sumiu…
Rika: Ah, aqui é um museu? [vira a cabeça para olhar em volta]
Ga. To.: Sim. E sabe o que sumiu?
Rika: Um novelo?
Ga. To.: Não! O par de meias históricos!
Rika: Puxa.. parece sério. Quem roubou?
Ga. To.: Você, oras!
Rika: Eu? Ma-mas o que tem eu?
Ga. To.: A senhorita foi encontrada no local do crime!
Rika: Só isso? Se eu tivesse roubado, teria sido muito burra de ter ficado no local do crime.
Ga. To.: Não sei. E se de repente, aconteceu alguma coisa?
Rika: Como alguma coisa cair na minha cabeça, e eu acabar ficando desacordada?
Ga. To.: Sim! Está vendo, acabou de assumir o crime.
Rika: Não fui eu! Primeiro, só dei um exemplo. Segundo, o que eu ia fazer com um par de meias?
Ga. To.: Escute senhorita, essas meias não são uma coisa qualquer. Elas pertenceram a um famoso herói dos gatos! E valem milhões, sendo um lucro fácil para vendedores sideprojects.
Rika: Que coisa estranha… Vendedores com projetos paralelos?
Ga. To.: Todo mundo sabe que esse tipo de vendedor é sempre o mais suspeito! E você pode muito bem estar querendo dinheiro.
Rika: Senhor Ga. To., juro que não fui eu. Posso pelo menos provar minha inocência?
Ga. To.: Pode, mas tem que ser dentro do museu.
Rika: Como é que vou fazer isso?
Ga. To.: Sei lá! Lembrem-se que se tentar fugir, não tem mais escapatória. Será automaticamente a culpada do crime.
Rika: Isso não é justo!
Ga. To.: O preço do leite não é justo, e você não me vê aqui reclamando. Agora, vá passear um pouco para ver se encontra a inspiração.
Rika: Tá, tá. [Rika sai da sala, e vai a procura de um lugar em que pudesse pensar, para sair dessa loucura.] Policiais em todos os lugares! Mas porquê eles tem cara de gato? E tudo mais que um gato tem? *pensando*
Depois de muito andar, ela finalmente encontrou um local que não havia muitos policiais. Apesar de ser tentador escapar, já que tinha uma janela aberta, Rika apenas olhou para fora sem pensar em fugir.
Rika: Puxa vida, está uma noite muito bonita. Nossa, que sensação estranha. Parece que estou sentindo uma presença. Será que é o mago Clow? [ela se vira para trás, e vê uma figura conhecida flutuando.] K-chan!! Você morreu? E espera aí… você também é um gato?
K-chan: Não entendo do que você está falando. Caso não tenha reparado, todos aqui são gatos. E você? De onde tirou o nome K-chan? Eu não me chamo assim.
Rika: Bom, de fato o K-chan se chama Katsu, não K-chan. É só um apelido fofo, sabe? Mas me diga, você é o fantasma do herói dos gatos?
K-chan: Isso mesmo. Mas como adivinhou?
Rika: Você está vestindo um par de meias que tem a palavra “históricas” costurada.
K-chan: Caramba, tinha me esquecido desse detalhe.
Rika: Sabe o que aconteceu com as suas meias que foram roubadas?
K-chan: Elas não foram roubadas. Só colocadas para lavar, pelo dono do museu.
Rika: Oh… é mesmo?
K-chan: Sim. Há muito tempo, minha alma não consegue descansar, porque ninguém nunca lavou as minhas meias! Que maluco deixa meias em exposição, que ainda por cima não são lavadas desde o século passado?
Rika: Desde o século passado! Minha nossa.
Rika terminou a narrativa do seu estranho sonho para o K-chan. Estava sentada em uma cadeira, na cozinha da Casa Verde.
Rika: O que achou do meu sonho, K-chan?
K-chan: Maluco.

– Essa história foi mais ou menos baseada num sonho que eu tive. E acabou saindo grande demais, espero não ter ficado cansativa para ler.