Casa Verde, na cozinha.
Locutor-sama: Ontem conversamos bastante com o Kekekê, após a história. Ele nos disse coisas interessantíssemas. Nada melhor do que um duende, para nos dar lição de vida. E hoje, o que faremos?
Kekekê: Está perguntando para mim?
Locutor-sama: Estou, é claro.
Kekekê: Bem, eu preciso fazer uma pergunta para o meu bom amigo Barman.
Barman: Qual é a pergunta?
Kekekê: Por que você está bravo com o Olliver?
Barman: Não é questão de estar bravo. Ele está me enlouquecendo!
Olliver: Eu? O que foi que falei de errado?
Barman: Você não disse nada de errado, apenas falou para a pessoa errada.
Kekekê: Fofocas?
Barman: Exato.
Olliver: Ah, você não gosta? (surpreso) Desculpe, é que eu acabo falando com a primeira pessoa que aparece na minha frente.
Barman: Deixa para lá, Olliver. Peço desculpas, não devia ter ficado aborrecido.
Olliver: Tudo bem, essas coisas acontecem.
Kekekê: Ótimo. Gosto de mal entedidos, resolvidos. Agora, nós vamos fazer algo quanto a Hello, certo?
Hello: (aparece repentinamente) Alguém aí me chamou?
Kekekê: Que susto!
Hello: Ah, desculpe amiguinho. Tudo bem com as crianças, Kekekê?
Kekekê: Eles estão bem. Agitados para o natal, sabe como é.
Hello: (boceja) Sei, sei. E quem não está agitado? (começa a ficar pensativa) É claro que tem as pessoas que acreditam que natal não vai acontecer, por causa do fim do mundo.
Olliver: Quer dizer que tem teorias sobre o fim do mundo, chefia?
Hello: É claro. Quando acabar o mundo, vai começar outro, exatamente igual!
Barman: 31 minutos?
Hello: 31 minutos! Exato. (faz um sinal positivo com a mão)
Kekekê: Algum problema, Hello?
Hello: Como é que você sabe? Também é adivinho, além de duende?
Kekekê: Não. Sou apenas um duende, você sabe.
Hello: Tem razão. Mas direi o meu problema. Não apenas para você, assim como o Barman e o Ollie. E você não conta, Locutor. Narrador sempre sabe de tudo.
Locutor-sama: Isso é verdade, mas não acho algo muito vantajoso.
Hello: O problema é que não terminei de costurar minhas fantasias para o Natal. E o mês está acabando!
Kekekê: Ainda dá tempo, calma.
Hello: Como, se meus materiais de costura continuam a sumir?
Kekekê: Duenditos.
Hello: Fico feliz que você saiba quem fez isso. Sugestões?
Matilde: (aparece voando na cozinha) Hello, recuperei seu estojo de costura. Quem diria que você tem uma coisa dessas?
Hello: Ah, muito obrigada Matilde! Estou realmente agradecida. Como posso retribuir o favor?
Matilde: Não precisa, conheço bem os seus presentes. É de graça, dessa vez. Aproveite meu bom humor.
Hello: Está bem.
Kekekê: Que incomum vê-la na Casa Verde, Matilde.
Matilde: Pois é. E antes que você pergunte, os gêmeos estão com o irmão mais velho.
Kekekê: Não ia perguntar, mas é bom saber. Estava me procurando?
Matilde: Sim. Hoje é o nosso aniversário de casamento, lembra?
Kekekê: (extremamente espantado) Não é dia 18?
Matilde: Hoje é dia 18. Que raro, normalmente sou em quem esqueço.
Kekekê: Uh-oh. (começa a chorar por medo da Matilde ficar brava) Desculpe, Tilde! Eu esqueci, e só ia comprar o presente no final da tarde…
Matilde: Calma, calma. Não estou brava, não chore. (consola o Kekekê)
Locutor-sama: Interrompendo essa cena meiga, o celular do Kekekê toca.
Kekekê: *Snif, snif* Alô, Tuta?
Tuta-sama: Olá, amigo. Aconteceu alguma coisa?
Kekekê: Depende, que tipo de coisa? (assoa o nariz em um lencinho)
Tuta-sama: Estava bebendo sakê, a Beta terminou de me servir e repentinamente, se ajoelhou, como se tivesse agradecendo alguma coisa.
Kekekê: Talvez porque a Tilde tenha lembrado o nosso aniversário de casamento?
Tuta-sama: O quê?? (começa a rir como maluca)
Kekekê: (o telefone dele cai e Kekekê pega novamente)
Tuta-sama: O quê?? Ela lembrou do aniversário de casamento de vocês?? Que piada é essa?
Kekekê: Não é piada nenhuma!
Matilde: Passe o celular, por gentileza, Kekekê.
Kekekê: Está bem. (dá para a Matilde o celular)
Matilde: Alô, Tuta? Tudo bem?
Tuta-sama: Comigo tudo bem, mas desde quando você foi trocada por um alienígena bonzinho?
Matilde: Você é tão engraçada! Reclama do meu mau humor, e zomba de mim quando não estou?
Tuta-sama: É brincadeira, querida.
Matilde: Está bem. Mande um beijo para o pessoal daí.
Tuta-sama: Ah! Tá. Espero que não queira um aumento de salário.
Matilde: Não precisa.
Tuta-sama: Tem certeza que não está planejando algo?
Matilde: Apenas os presentes de natal das crianças.
Tuta-sama: Que raro, você falar a verdade.
Matilde: Mais alguma coisa, minha querida amiga?
Tuta-sama: Hmm. Não, tchauzinho. (desliga)
Matilde: (desliga também) Essa Tuta é uma engraçadinha. Estão me olhando com essa cara por quê?
Locutor-sama: Todos nós, incluindo Kekekê, estranhamos o bom comportamento da fada Matilde.
Matilde: Suas narrações me fazem rir, Locutor.
Hello: Tem certeza que você não é a versão paralela da Matilde, que é boa?
Matilde: Tenho certeza absoluta que sou a Matilde dessa dimensão! Estou cercada de pessoas engraçadinhas.
– Matilde mais calma para variar. Continuação terá amanhã, se nada me fazer mudar de ideia.
– Olliver é escrito com dois “L”, mas a esquecida aqui se confundiu. Depois, quando lembrar, vou arrumar os posts.
– No post anterior tinha uma pequena errata. “O problema é seu, não meu”, era justamente o contrário. Já arrumei.