Raccoon Tales

O Natal é muito melhor com a família! Parte Dois

Locutor-sama: Era um dia bonito,  o dia 24 de dezembro. Mas esperem um minuto! Eu estou falando isso no passado? Estou maluco? Bom, não é o que interessa agora! Eu irei falar da manhã de hoje, pra ser exato às oito horas. Lembrando que estamos no não tão famoso horário de verão, então seria sete horas. Eu não vou nem comentar que tinham duas sombras – sem me incluir na conta, é claro – observando a Tuta-sama dormir. Por que não vou comentar? É que é assustador demais.  Pelo menos eu estou achando assustador!
???: Tuuuuuuuuuuuuuuuuta. (com um sininho no pescoço balançando)
???: Ela ainda tá dormindo? Acorde, Tuta!
???: Tuta. Hoje é véspera de Natal!
Tuta-sama: Mas heein? (esfregando os olhos)
???: Oh! Ela acordou!
???: Ela já tinha que ter acordado, oras! Ela não será a anfitriã dessa festa?
Tuta-sama: Quem são vocês?
Locutor-sama: Ah! Então esse é o motivo das sombras? (janela com a cortina) Luz, por favor! (abre a janela)
Tuta-sama: AAAAH! A LUZ!
Hello-san: Que draminha é esse, minha amiga guaxinim? Já está na hora de acordar!
Tuta-sama: Hello? O que faz aqui, maluca? Sabia que são sete horas da manhã?
Hello-san: Não Tuta, são oito horas. O relógio do meu celular nunca mente pra mim.
Tuta-sama:  Mas são sete horas! Ou você acha que eu sigo o horário de verão?
Hello-san: Pois você devia seguir! A maioria das pessoas do país seguem.
Tuta-sama: E quem é você para ficar dando palpite?
Hello-san: Ora, sou a Hello. Eu posso ficar dando palpite. Sei que você não liga…
Tuta-sama: É claro que eu ligo!
Hello-san: E essa adorável coelhinha liga para a véspera de Natal!
Tuta-sama: MARCY!
Locutor-sama: Imaginem esse nome pronunciado da maneira mais dramática possível. Vocês imaginaram? Ótimo! Então vamos pular para o presente, onde estamos todos sentados na sala de jantar (esperando o jantar ficar pronto) Agora, é melhor eu apresentar para vocês, uma simpática personagem. Senhora Bijou! Prazer em conhecê-la!
Bijou: O prazer é meu, Locutor-sama.
Locutor-sama: Como vocês não sabem, irei explicar. Ela é a mãe, – espero que vocês não achem estranho uma ursa ser mãe de uma guaxinim – da ilustre Tuta-sama!
Tuta-sama: Está puxando o meu saco, porquê? Quer um aumento de salário?!
Bijou: O que é isso, Tuta! Falando de “salário” na véspera de Natal?
Tuta-sama: Estou, ué. Qual o problema?
Bijou: Escute, Tuta. Você se esqueceu do que eu ensinei?
Tuta-sama:  Não, mãe. Eu não esqueci. A técnica de matemática mental é muito bom. Facilita quando estou contando as minhas economias, sabe?
Bijou: Errou! Falando de negócios na véspera de Natal? Pensei que eu havia ensinado que não se pode falar de négocios em feriados, e quando se está comendo!
Tuta-sama: Mas sou uma guaxinim com talentos naturais para negócios!
Bijou: Sei, Tuta. E eu sou uma ursa polar! E sabia que eu trabalho como modelo de propaganda para refrigerantes?
Tuta-sama: Mãe, a senhora não é uma ursa polar, e sim uma ursa comum.
Bijou: Estou sendo sarcástica! Agora, faça-me o favor de parar de falar de negócios. Amigos, querem ouvir o que aconteceu na minha viagem para cá?
Hello-san: Oh! Uma história? Isso seria ótimo.
Rosalina: Seria ótimo, mesmo. A Hello fica muito chata quando está entediada…
Olliver: Não seria nenhum incômodo pra mim. Adoro uma boa história. O que há de melhor do que ouvir uma história? Estar numa sala de jantar luxuosa como essa, na mansão lindíssima da Tuta-sama? Meu Deus! Que jardim maravilhoso!
Bijou: Você gosta de jardinagem? Admiro rapazes com gostos simples.
Tuta-sama: Lá vem um blablablá… Posso beber mais cedo?
Locutor-sama: Não fique chateada, Tuta-sama. Por que você não se reúne com o seu compadre Kekekê?
Tuta-sama: É uma boa ideia… Espere um minuto.  A Marcy está com o Kekekê!
Locutor-sama: Não consigo entender o porquê de você estar tão nervosa, Tuta-sama.
Tuta-sama: É que você não conhece a Marcy como eu conheço.
Marcy: Tuta! Finalmente você está desocupada!
Tuta-sama: Eu nunca, mas nunca estou desocupada! (sai correndo)
Zezé: Puxa vida. Não sabia que a dinda era tão rápida.
Tadeu: Será que guaxinins de negócios tem que ser rápidos?
Marcy: Puuuxa. A maninha não sabe relaxar.
Kekekê: Oh. É que a Tuta leva negócios muito a sério.
Marcy: Sim, eu sei. Mas continuando nossos assuntos natalinos, Kekekê… Você entende mais do que eu imaginava!
Kekekê: Claro. Eu tenho que entender alguma coisa, já que conheço o Papai Noel.
Marcy: Como? Você o conhece?
Kekekê: É claro que sim. Tenho no meu quarto um pôster, uma foto antiga que tirei na época que eu trabalhava com ele.
Marcy: Minha nossa!
Zezé: Papai é tão inocente!
Tadeu: Ele acredita em Papai Noel.
Marcy: Meu jovens, vocês tem que acreditar. A coisa mais pura numa criança é acreditar em Papai Noel!
Zezé: Lá vem outra adulta achando que somos inocentes.
Tadeu: Somos crianças diferentes das humanas, está ouvindo?
Kekekê: Desculpe, Marcy. Os gêmeos são assim mesmo.
Marcy: Ora, não se preocupe, Kekekê. Você faz seu melhor como pai.
Matilde: Alô-ou, “esposa do Kekekê” e mãe desses “jovens duendes” está presente nessa cena!
Zezé: Espera um minuto. Ela disse “Esposa do Kekekê”?
Tadeu: Mas a mamãe insiste os dois estão divorciados.
Matilde: Quietos, vocês dois!
Zezé: Acho que a mamãe está sendo contraditória.
Tadeu: Muuuito contraditória. Eu acho que lá no fundo ela gosta do papai.
Matilde: QUEREM ME FAZER O FAVOR DE CALAREM A BOCA?
Kekekê: Calma, Tilde.
Marcy: Ora, não vejo o problema de admitir que você gosta dele.
Matilde: Não me diga que o foco da conversa agora é fofoca, Marcy.
Marcy: Aaah, desculpe. Sarcasmo não funciona com essa coelha, Matilde!
Tuta-sama: É verdade. Por mais sarcástica que eu seja, a Marcy não liga.
Locutor-sama: Tuta-sama! De onde você apareceu?
Tuta-sama: Sabia, Locutor-sama, que minha casa tem entradas secretas?
Zezé: Puxa, a mansão da dinda tem entradas secretas?
Tadeu: Genial!
Locutor-sama: Eu pensei que você teve um peso de consciência.
Tuta-sama: Isso também. Mamãe sempre diz que “O Natal é muito melhor com a família”. Antes que ela viesse atrás de mim dizendo isso, achei melhor voltar pra cá.
Locutor-sama: Entendo perfeitamente, Tuta-sama. O Natal faz com que nós fiquemos mais… Como é que se diz? Acho que “Familiares!”
Zezé: Não, não. Não é assim!
Tadeu: Será que temos que ficar explicando tudo para esses adultos?
Locutor-sama: Então expliquem crianças, por favor.
Zezé: No Natal, temos que se reunir com a família. Desse modo, fica bem mais divertido!
Tadeu: É sempre legal quando passamos o Natal em casa! Essa é uma das raras ocasiões em que a mamãe deixa o pai ficar com a gente!
Locutor-sama: Isso é legal! Agora, crianças… Posso saber o que estão fazendo?
Matilde: Eu me viro UM MINUTO e vejo que vocês jogam um prato?!
Zezé: Mamãe ainda não entendeu nossa brincadeira dos OVNIs pratos, Tadeu.
Tadeu: Percebi, Zezé.
Matilde: Quem foi que ensinou isso pra vocês?
Zezé e Tadeu: A Tia Hello!
Matilde: Ah! Essa “Hello-san” vai se ver comigo!
Locutor-sama: Não acho que seja o final adequado para uma história de Natal, mas acho que serve. Calminha que ainda tem outra parte, – que será a última – meu caros leitores! Até amanhã!