Kekekê/Matilde, Pixie Tales

Em crise? Sem problemas! Vamos fazer que chova na sua viagem de ônibus para mudar a rotina!

Locutor-sama: Casa Verde? Errou! Estou numa viagem de ônibus familiar. Acertou! Kekekê e Matilde! Se eu dissesse “Kekekê e companhia” a Matilde ficaria brava. É, é. Estão aqui também Zezé e Tadeu, os gêmeos, filhos do Kekekê e da Matilde! Dêem oi para os telespectadores, crianças!
Zezé: Oi pra quem?
Tadeu: Seja lá quem for, Oiê! *dá um tchauzinho*
Zezé: Talvez sejam os fantasmas.
Tadeu: Pois é. Sempre achei que o tio Locutor está sempre falando com os fantasmas.
Locutor-sama: E estão aqui também os não populares, sempre esquecidos pela Moon por serem sérios demais! Os filhos mais velhos, Maria e Marcos!
Maria: Olá, fantasmas!
Marcos: Será que só eu que percebo que ele está falando com os leitores da história?
Maria: A nossa vida é uma história? Que poético, Marcos! Não existe pessoa melhor pra ser meu irmão mais velho.
Marcos: Deixa pra lá…
Locutor-sama: Para onde estamos indo? Ah! Vocês vão adorar lá! Estamos indo para o SPA com hotel da irmã mais velha da Matilde, a Martha!
Matilde: Stress… rotina… stres… Por que tem que estar chovendo? Só pra ficar emocionante!
Kekekê: Bom, conhecendo a Moon como ela é, acredito que foi pra dar um tom mais épico para a história.
Matilde: Épico? Nós somos apenas uma pacata família de duendes e fadas indo passar o dia relaxando num spa!
Kekekê: Shh! Deixa a Moon ficar pensado que isto aqui na verdade é uma aventura épica! Se você continuar a reclamar, a Cola-sama vai aparecer!
Matilde: Estamos dentro de um ônibus, Kekekê! Da onde a Cola-sama vai vir?
Locutor-sama: Oh, olá Cola-sama! Não acredito que abriu uma porta do teto do ônibus. Legal!
Kekekê: Oizinho, tudo bem Cola-sama?
Cola-sama: Hm, sim. Eu só me atrasei de pegar esse ônibus, sabem? Estava correndo para o ponto de ônibus, mas não tinha um ponto de ônibus, sabem? Era um portal dimensional!
Matilde: Isso é papo de gente maluca! Francamente! Um portal dimensional?
Kekekê: Sensação de que algo se aproxima… uma aventura cansativa, que na visão da dona Moon é uma aventura épica! Meu deus! Eu devia ter imaginado quando vi essa chuva toda… Er. Quê? *olha para os lados e não vê o Zezé e o Tadeu* Pra onde eles foram? Pensei que a Maria estava de olho neles!
Maria: Eu? Mas estou lendo, papai, eu não tenho três olhos, até onde sei.
Kekekê: E quanto a você, Marcos?
Marcos? Hm? Eu? Estou contando as árvores que vão passando… até agora contei vinte e seis. Me pergunto se houve um desmatamento por aqui?
Locutor-sama: Jovens sempre preocupados com o meio ambiente. Isso me emociona! Quer uma sugestão, Kekekê? Que tal o banheiro do ônibus?
Kekekê: Banheiro… hm… *vai até lá*
Zezé: Roberval procura sua espada laser que caiu! Onde ela tá? Você viu, Tadeu?
Tadeu: Não vi, mas acho que o Jovial deve ter pego.
Kekekê: O que estão fazendo?
Zezé: Ah, nós?
Tadeu: Na escola a gente aprende a reciclar, sabe papai? Por isso pegamos dois rolos de papel higiênico.
Kekekê: E fizeram dois bonequinhos com eles?
Zezé: É. Tinha na bolsa da mamãe.
Tadeu: Precisamos devolver logo, antes que ela perceba!
Kekekê: Crianças! Vocês não deviam estar no banheiro.
Zezé: Mas eu estava apertado…
Tadeu: E como ele é um medrosão, vim junto com ele para garantir que não tinha nenhuma “criatura soltadora de laser” por aqui!
Kekekê: São tão responsáveis! De qualquer jeito é melhor voltarmos para os nossos lugares.
Zezé: Mas nos não sabemos onde está a espada laser do Roberval!
Kekekê: Espada laser? Que espada laser? Isso é muito perigoso pros dois levarem!
Tadeu: Caiu… o vento levou… pela janela… do banheiro! *começa a chorar* E o pior: a espada do Jovial foi junto!
Kekekê: *fica com pena* Calma crianças, eu pego pra vocês!
Zezé: Êee!
Tadeu: Nosso herói!
Locutor-sama: Para ficar mais complicado para o nosso herói, Roberval e Jovial (esses nomes existem?!) voaram junto! Espero que eles estejam equipados com capas.
Kekekê: *saindo do banheiro, foi olhar na janela mais próxima* Meu deus! Os bonecos ficaram presos na outra janela!
Zezé: O que vai fazer?
Tadeu: Não me diga que vai pular da janela!
Locutor-sama: Com o ônibus em movimento, sem falar da chuva? Acho que era isso que ia acontecer, Kekekê. Uma aventura cansativa, porém épica segundo a nossa criadora visionária, assim como você previu! Wow! Deixa ver… eu tenho uma corda. Se segure, sim?
Zezé: Essas coisas não são impossíveis?
Tadeu: Vai ver que o papai é na verdade um super herói!
Locutor-sama: Kekekê está se esforçando muito para pegar os dois rolinhos de papel higiênico! Ele se está se pendurando nas janelas do ônibus… ele vai cair… não! Ele se segurou… oh! Kekekê conseguiu pegá-los! Segura, Kekekê… estou te puxando.
Kekekê: *agora caído de cara no chão* Vi a minha vida passar diante dos meus olhos… esqueci de pagar a conta da padaria que devia pro meu pai… Matilde de bolsa vermelha com uma estampa de donut me deu uma bolsada, até hoje não sei o porquê… Um leprechaun rouba minha carteira, e acho que é o mesmo que rouba minhas carteiras há anos…!
Locutor-sama: Fale comigo, Kekekê! Você não pode morrer!
Zezé: Sim! Aguente, papai!
Tadeu: Ainda queremos comer aqueles deliciosos bolinhos de chuva que só você sabe fazer!
Kekekê: Não posso… diga a Matilde que a amo e peço desculpas por ter começado a gostar de Ivixe Sem Galo…
Matilde: O que está acontecendo aqui? Por que você está jogado no chão, duende? Francamente! Ainda segurando dois rolinhos de papel higiênico… isso foi obra dos dois, suponho? *se vira pro Zezé e para o Tadeu*
Zezé: Er… Hm… Ei… tipo… foi?
Tadeu: Roberval! Jovial! Não sobreviveram ao vento forte e a chuva… Quero dizer… não culpe o papai! Não briga com ele! Fomos nós! Só estávamos entediados…
Matilde: Tanto faz! *volta pro lugar*
Zezé: Até que foi fácil.
Tadeu: Fácil? Vamos ficar de castigo pelo resto das nossas vidas!
Zezé: Tem razão…
Locutor-sama: Termina aqui uma aventura super épica em família! Pobre Kekekê… mas ele está bem, não se preocupem! Eu bem que falei pra ele usar o dublê, mas ele me escutou? Não!

~ Mais tarde, no SPA da Martha…
Martha: Bem-vinda, irmãzinha! Como você está?
Matilde: Cheia de crianças chorando do meu lado falando “Roberval! Jovial!” Acho que esses nomes nem existem… *cansada*
Martha: Oh, crianças dão trabalho, eu sei, mas agora relaxe! Olá, Maria! Como vai você? Cuidando bem da minha antiga floricultura?
Maria: Sim! A Maricota te mandou um abraço, falando nisso.
Marcos: Mas quem é dona Maricota?
Martha: Ah, essa Maricota! Ela é uma flor mesmo… vamos entrando…
Kekekê: Ignorados novamente.
Marcos: Não sei porque vim junto.
Kekekê: Talvez para passarmos o dia trocando figurinhas, na banca da esquina?
Marcos: *pensa um pouco* Trocando figurinhas?
Kekekê: Sim!
Marcos: Vamos lá! Espero ganhar uma boa grana pelas minhas figurinhas repetidas.
Kekekê: Eu não estava falando sério.
Marcos: Nem eu.
Kekekê: Vamos assistir a esse show do Pássaro Gritador, sim?
Marcos: Até quando você acha que ele vai aguentar gritar?